27 C
Loanda
Sexta-feira, Novembro 22, 2024

Alunos do ensino superior regressam às aulas em Angola após três meses de greve

PARTILHAR
FONTE:RFI

Os alunos do ensino superior em Angola estão contentes de voltar às aulas, mas apreensivos em relação à matéria perdida durante três meses de greve. Por seu lado, os professores regressam ser haver ainda acordo com as autoridades angolanas sobre as suas reinvincações.

Durante 30 dias, os professores do ensino superior em Angola decidiram dar tréguas à greve que levavam a cabo há três meses para “não prejudicar o ano académico” e dar tempo ao Ministério do Ensino Superior de responder “às reivindicações dos professores”, explicou o secretário-geral do SINPES, Eduardo Peres.

Por seu lado, os estudante dizem estar satisfeitos em regressar às aulas, mas consideram que vai ser preciso trabalhar com esforço redobrado para encaixarem os estudos de um semestre num mês.

O estudante Francisco Antunes disse em declarações à Agência Lusa que os estudantes já foram afectados pela pandemia da covid-19, em 2020, e esta greve, que já vai na sua terceira fase, o que faz com que as pessoas percam “o ânimo de estudar”, como vem acontecendo com alguns colegas, que abandonaram os cursos.

“Como estudante o anseio de estudar é maior, mas, por outro lado, pensando nos professores, uma vez que não foram resolvidos os problemas, não há muita satisfação”, disse o estudante, que considera a greve justa.

Para Francisco Antunes, a “reclamação é justa e não é ilegal”, frisando que os professores têm de ser motivados, com “um salário condigno, direito à habitação, transporte”, entre outros.

“Há professores que para chegarem aqui têm uma grande dificuldade. Então, se derem condições mínimas aos professores, terão mais motivação para darem aulas e, consequentemente, estarão mais entregues à instituição”, frisou.

O movimento de contestação começou a 10 de Novembro de 2021 e tem sido intercalado. Na altura, “as reivindicações estendiam-se em oito pontos, entre eles quatro fracturantes; fundos para investigação científica, formação contínua, salários condignos e seguro de saúde. Os fundos para investigação científica e a formação contínua constam no Orçamento Geral do Estado deste ano”, descreve Eduardo Peres.

spot_img
ÚLTIMAS NOTÍCIAS
spot_imgspot_img
ARTIGOS RELACIONADOS

Greve na Nigéria fecha rede elétrica e perturba companhias aéreas

Os principais sindicatos da Nigéria fecharam na segunda-feira a rede elétrica nacional e interromperam voos em todo o país...

Greve geral em Angola: Sindicatos denunciam intimidações

Os trabalhadores angolanos atenderam ao apelo das centrais sindicais. Escolas, serviços de justiça e outros setores da administração pública...

MPLA rejeita discutir greve geral em plenário

O maior partido da oposição angolana queria ver a situação da greve discutida na Assembleia Nacional com caracter de...

Detenções no primeiro dia da greve em Angola

Centrais sindicais angolanas denunciam atos de coação e a detenção de três sindicalistas na primeira greve geral desde a...