Líderes religiosos judeus e muçulmanos pediram a Berlim proteção legal para a circuncisão na Alemanha, prática tradicional em ambas as confissões.
O presidente da Conferência de Rabinos Europeus diz que “os governantes da Alemanha medieval percebiam que os judeus, para poderem viver aqui, tinham de poder praticar a circuncisão. A partir do momento em que dizem que não podemos circuncisar as nossas crianças, basicamente dizem-nos que devemos procurar outro sítio para viver”.
No caso que gerou a polémica, a criança sofreu complicações clínicas. Aconselhados pela associação de cirurgiões alemães, vários hospitais interromperam temporariamente a prática.
O diretor do Hospital Judaico de Berlim afirma que se criou “uma atmosfera insegura, que forçou à suspensão das circuncisões por motivos religiosos, o que é infeliz, já que era uma tradição de longa data neste hospital”.
O governo mostrou-se disposto a legislar rapidamente sobre a questão. Vários partidos da oposição sublinharam também a necessidade de um quadro legal para a circuncisão religiosa.
Fonte: EURONEWS