O dirigente da UNITA Alcides Sakala afirma que Angola tem enormes desafios pela frente, como o “aprofundamento do processo democrático e a transformação do calar das armas para a paz social.
“Um dos grandes desafios neste quadro de aproximação das questões sociais, políticas e económicas é o da transformação do calar das armas para a paz social”, disse o antigo representante da UNITA na Bélgica, quando falava na mesa-redonda organizada pela Universidade Lusíada de Angola, em alusão aos 19 anos de paz que amanhã se assinalam.
Sublinhou que “a paz veio para ficar”, mas alerta para os inúmeros problemas sociais que afligem os angolanos, como a falta de emprego, assistência médica, acesso à agua e à habitação, dentre outras questões. Alcides Sakala acrescentou que “as tentativas para acabar com o conflito armado e garantir a paz não podem ser narradas de forma simples”.
O político sublinhou que “a paz é um bem que deve ser preservado, pois vai permitir-nos trabalhar em conjunto para aprofundarmos a democracia, conquistada com muito sacrifício, e olharmos para a nova conjuntura e, ao mesmo tempo, mobilizarmos vontades nacionais”.
Alcides Sakala entende que “a democracia angolana ainda é frágil”, sublinhando que a proposta de revisão da Constituição não dá corpo ao que deveria ser a reforma do Estado”, um desafio que considera urgente para que Angola se afirme com uma verdadeira Nação.
“Temos que trabalhar para que a democracia ganhe espaço e que a alternância do poder tenha lugar no país. Estes são os passos mais importantes para a afirmação da democracia”, realçou Alcides Sakala. O dirigente da Unita pediu à nova geração para desempenhar um papel activo na construção da sociedade.