Cento e 23 projectos de investimentos privados, avaliados em 850 milhões de dólares norte-americanos, deram entrada na Agência de Investimentos Privados e Promoção das Exportações (AIPEX), de Agosto de 2018 a Maio deste ano, informou à Angop o presidente do conselho de administração, Licínio Contreiras.
Destes projectos, estão implementados um total de 29 e criaram já mil e 690 postos de trabalho.
A maioria dos projectos foram implementados nas províncias de Luanda, Bengo, Benguela e Malanje, sendo estas as que têm mais de um investimento privado passado pela AIPEX.
As demais províncias, como as da região Leste do país, inseridas nas Zonas C, no âmbito da Lei do Investimento Privado (Lunda Norte e Sul, Moxico Cuando Cubango e Cunene), são as que menos se beneficiaram de projectos privados, mas a lei confere-lhes mais incentivos fiscais.
Por outro lado, Lícino Contreiras explicou que a diferença entre o projecto registado e o implementado depende muito dos custos do contexto do nosso país, porque o ambiente de negócio ainda tem um tempo e um custo adicional.
Esclareceu que entre o registo e a implementação está a parte que o investidor vai fazer a importação dos equipamentos, ligação de energia, água e outras infra-estruturas, que nem sempre ocorre nos tempos que se pretende e a isso é associado o desembaraço da mercadoria no porto.
“Queremos que o tempo entre o número de implementados e registados seja o mínimo possível ou igual a zero. Estamos a trabalhar para melhorar”, assegurou o gestor que ocupa o cargo há menos de um ano.
Para efeitos da Lei de Investimento Privado, o país organiza-se nas seguintes zonas de desenvolvimento, sendo os benefícios atribuídos de forma crescente: Zona A- Província de Luanda e seus municípios sede, Benguela, Huíla e o município do Lobito, e Zona B – Bié, Bengo, Cuanza Norte e Sul, Huambo e Namibe e restantes municípios das províncias de Benguela e da Huíla.
Pertence à zona C apenas a província de Cabinda (mais ao Norte do país).