Setecentos e 50 milhões de dólares norte-americanos é o valor global das 118 propostas de investimentos privados registadas, de Agosto de 2018 até Abril deste ano, pela Agência de Investimento Privado e Promoção das Exportações (AIPEX), escreve a Angop.
Os projectos, que permitem a criação de mais de sete mil postos de trabalho para nacionais, estão concentrados maioritariamente nos sectores da indústria transformadora, comércio e agricultura.
Segundo a Administradora da AIPEX, Sandra Dias dos Santos, que falava hoje à imprensa, à margem do ciclo de conferências em Angola “Moldar o futuro – o caminho para a diversificação”, os resultados são fruto da diplomacia económica levada a cabo pelo Executivo e do trabalho desenvolvido pela agência para atrair investimento estrangeiro directo.
Sandra Dias dos Santos disse que a maior parte das 118 propostas estão activas, mas os investidores têm uma carência de três meses para começar a implementar o investimento.
Administradora adianta que a AIPEX vai começar, nos próximos dias, a fazer visitas as empresas que investiram para saber o que está a ser feito e se cumprem, de facto, com o prometido.
Em relação à questão das infra-estruturas, Sandra Dias dos Santos disse que está a ser tratada pelo Governo. “A questão da energia, acessos e a logística estão a ser tratados pelo Governo e devem ser vistos num contexto mais amplo”.
A província de Luanda continua a ser a maior preferência dos investidores, seguida da do Bengo, Malanje, Benguela e da Huíla, tendo em conta a densidade populacional, infra-estruturas rodoviárias, electricidade, água e outras.
Por seu turno, o adido comercial da embaixada dos Estados Unidos da América, Everett Wakai, entende que o Governo americano apoia os esforços que o Governo angolano está a empreender no processo de diversificação da economia em Angola.
A colaboração entre Angola e os EUA está alinhada com o Plano Desenvolvimento Nacional (PDN 2018-2022) para facilitar a cooperação bilateral, sem deixar de lado o ambiente de negócios por ser importante para qualquer país aumentar a possibilidade de investimentos estrangeiros e também para diversificar a economia.
Por outro lado, disse que as pequenas empresas terão mais oportunidades de exportação se o país estiver aberto ao investimento, sendo mais afectadas por normas mais restritas, uma vez que é geralmente mais difícil para as pequenas empresas cumprirem as mesmas.
Para o gestor da EY em Angola, Carlos Basto, o potencial económico das riquezas naturais do subsolo do país, as vastas áreas férteis, ainda por desenvolver e o imenso potencial humano da sua população são as bases sólidas em que se pode construir a ambição de tornar Angola numa das nações mais prósperas de África.
Carlos Bastos entende que a estabilidade, crescimento da procura interna e o potencial de acesso a mercados regionais estão a permitir a uma nova geração de empreendedores identificar oportunidades e construir uma nova realidade, assente na criação de valor acrescentado nacional, no aproveitamento de talento