O treinador da Académica do Lobito, Águas Zeca da Silva, considerou insuficiente as quatro semanas de trabalho que dispõe para preparar o plantel para o Girabola 2020/2021, cujo arranque está aprazado para 27 do corrente.
Ainda assim, promete tudo fazer no sentido de lograr as expectativas da direcção e massa apoiante do clube. De acordo com Águas da Silva, antevê-se uma campanha difícil para a Académica do Lobito que para além do factor tempo, enfrenta problemas de ordem financeira, em que a direcção está sem soluções para o efeito.
“A situação preocupa-nos a todos. Mas nem por isso, estamos desanimados. Pelo contrário, estamos a trabalhar com os meios disponíveis de forma a tornar possível o impossível. Aliás, foi para isso que fomos contratados”, revelou.
Águas da Silva não fala dos objectivos. Todavia, confessa que não está fácil construir um plantel que se quer forte, coeso e ganhador em tão curto espaço de tempo do início do Girabola, para além da insuficiência financeira tornada pública pelo presidente do grémio, Luís Gonçalo Borges, no passado dia 29 de Novembro, aquando do arranque oficial dos trabalhos no clube.
“Nestas condições é ilusório falar-se dos objectivos. Gostaríamos de mais tempo para projectar um plantel que garanta a sobrevivência no campeonato. Mas, por razões que nos escapam, somos forçados a reinventar e a pensar numa estratégia que nos indica os caminhos para os bons resultados”, aludiu.
Dos cerca de 40 atletas que estão sob observação da equipa técnica destaca-se o regresso de Joka Palana, dois anos depois do seu afastamento dos relvados por lesão, bem como do guarda-redes Fany (ex-FC Bravos do Maquis), dos médios Nelito (ex-Libolo), Bruno (ex-1º de Maio de Benguela), Luakuti (ex-Wiliete) e dos avançados Kalú (ex-Wiliete) e Edú, que na época passada tinha sido dispensado para atender assuntos familiares.
A Académica defronta na jornada inaugural o Sagrada Esperança, no Estádio Nacional de O’mboka, em Benguela.