O incêndio deflagrou na noite de quarta-feira para quinta-feira 31 de Agosto, num prédio de quatro andares, ocupado ilegalmente. Pelo menos 74 pessoas morreram, incluindo 12 crianças, e outras 52 ficaram feridas. Segundo as autoridades, o balanço é provisório e o número de vítimas pode ainda aumentar.
O autarca da cidade Mgcini Tshwaku evocou a presença de velas acesas para iluminação do local como hipótese para a origem do incêndio, que permanece ainda desconhecida.
Um sobrevivente de 28 anos contou à agência France-Press ter tentado “correr para encontrar uma saída de socorro”, tendo forçado uma grade de aço, fechada à chave, para escapar às chamas. “Outras pessoas já tinham saltado pelas janelas porque sabiam que a porta estava trancada.”
Cada andar deste prédio abandonado estava equipado com portas com gralhas fechadas à chave para evitar a intrusão de novas pessoas, o que impediu à maioria das vítimas poder escapar do incêndio.
Vários sobreviventes, intoxicados com o fumo das chamas, foram hospitalizados.
O Presidente Cyril Ramaphosa lamentou a “enorme tragédia”, que se traduz num dos incêndios domésticos mais mortíferos nas últimas duas décadas.
O centro de Joanesburgo, outrora um opulento bairro de negócios, está actualmente repleto de edifícios abandonados e muitas vezes desprovido de electricidade. A cidade conta com uma das taxas de mortalidade mais elevadas do mundo.