Os deputados afegãos alertaram na sexta-feira para o facto de que a força aérea nacional estar completamente desprovida de meios perante a ofensiva dos talibã. Nesse contexto, os parlamentares do Afeganistão solicitaram aos Estados Unidos a finalização da assistência militar antes da retirada total das tropas norte-americanas.
No decurso de uma conferência virtual com membros do congresso norte-americano, uma delegação afegã apelou a uma assistência imediata a força aérea do Afeganistão, em matéria de manutenção e de fornecimento de munições. A capacidade de resposta da força aérea afegã diminuiu, frente a amplidão da ofensiva dos militantes talibã que tencionam reconquistar o poder em Cabul.
O pedido dirigido a administração Biden, ocorre numa altura em que os Estados Unidos efectuam a retirada dos seus militares do Afeganistão.
Segundo a Casa Branca, o Presidente Joe Biden abordou a questão da assistência militar com o seu homólogo afegão,Ashraf Ghani, durante uma conversa telefónica no dia 23 de Julho de 2021.
De acordo com o chefe de Estado norte-americano, no âmbito do orçamento para a defesa de 2022, os Estados Unidos estabeleceram como prioridade uma ajuda militar ao Afeganistão de 3,3 mil milhões de dólares, actualmente em discussão no congresso.
O deputado afegão Haji Ajmal Rahmani, fez alusão à degradação da situação político-militar no seu país devido à ofensiva dos talibã.
Rahmani, realçou que um terço da frota de 150 aviões de combate está em terra, por falta de manutenção e de peças.
O Ministério da Defesa dos Estados Unidos, confirmou no dia 22 de Julho que os norte-americanos recorreram a sua força aérea, nos últimos dias, para apoiar as tropas afegãs que enfrentam os talibã.
Após duas décadas de envolvimento militar no Afeganistão, os Estados Unidos reconheceram a impossibilidade de maior realização no citado domínio e concluíram que a sua missão tinha sido cumprida.
Confrontado com a ofensiva dos talibã, o governo afegão decidiu no dia 24 de Julho de 2021, decretar o recolher obrigatório, entre as 22h e as 4h da manhã, em 31 das 34 províncias do país, de forma a reduzir o nível da violência e a dificultar a movimentação dos rebeldes .