“Não foi possível até ao presente momento qualquer contacto com o cidadão Delfim das Neves, o antigo Presidente da Assembleia”, alerta o seu advogado Hamilton Vaz, que teme pela vida do seu cliente.
O advogado do ex-presidente do parlamento de São Tomé e Príncipe, Hamilton Vaz, denuncia inversão da ordem democrática e diz temer pela vida de Delfim Neves.
“Não foi possível até ao presente momento qualquer contacto com o cidadão Delfim das Neves, o antigo Presidente da Assembleia”, alerta o seu advogado Hamilton Vaz. “O Procurador-Geral da República também afirmou não ter tido acesso ao quartel, mas mais do que isso, o caso não lhes foi entregue”, avança o advogado.
“Não há justificação, apenas sabemos que há inversão da ordem democrática. O cidadão encontra-se preso no quartel, quartel nesse onde decorre chacina, tortura, digo-o com toda a convicção e a comunidade internacional está a ver imagens barbaras. Imagens jamais vistas de cidadãos, que neste momento foram assassinados”, descreve Hamilton Vaz, acrescentando que houve ‘um cidadão que foram buscar a casa e morreu, como vemos em imagens de torturas. Vemos cidadãos de mãos atadas, daí que Delfim Neves também corre risco de vida”, concluiu.
O antigo presidente da Assembleia Nacional foi detido esta manhã de sexta-feira, 25 de Novembro, sob a acusação de ser um dos mentores da tentativa de golpe de Estado que decorreu esta madrugada em São Tomé e Príncipe.
Um dos alegados autores da tentativa de golpe de Estado em São Tomé e Príncipe, Arlécio Costa, e quatro assaltantes do quartel, morreram, ainda não se conhecem as causas. São Tomé e Príncipe foi palco de uma “tentativa de golpe de Estado”, declarou esta manhã, em conferência de imprensa, o primeiro-ministro Patrice Trovoada, assegurando que “a calma regressou” ao país.
RFI