Líder da UNITA considera que Cabinda ainda tem vários desafios por resolver, e um deles refere-se à falta de paz. De visita à província, Adalberto Costa Júnior também criticou o ambiente pré-eleitoral em Angola.
No cumprimento da agenda de trabalho do seu partido, Adalberto Costa Júnior, presidente da União para Independência Total de Angola (UNITA), chegou à província de Cabinda na tarde desta quinta-feira (09.06).
O líder do maior partido da oposição em Angola disse que durante a sua visita ouvirá as mais diversas sensibilidades, por considerar que ainda falta muito por fazer no enclave.
Falando aos seus militantes, Costa Júnior frisou que “a província de Cabinda enfrenta vários desafios por resolver e fundamentalmente o desafio da estabilidade e da paz que deve abranger a todos sem nenhuma exceção”.
Região autónoma
Durante o comício de abertura da pré-campanha eleitoral da UNITA e da aliança da oposição Frente Patriótica Unida (FPU), em Luanda, Adalberto Costa Júnior defendera a criação de uma região autónoma em Cabinda.
Integrantes da sociedade civil em Cabinda reagiram com ceticismo a estas considerações, que suspeitam não passar de propaganda eleitoral.
O político respondeu aos seus críticos: “É verdade que houve uma fação da FLEC [Frente de Libertação do Enclave de Cabinda], que fez uma reflexão. Mas a par dessa, imediatamente também houve uma série de pessoas que concordou com a nossa proposta por entender que ela é positiva e responsável. Esta sempre foi a vontade da UNITA, até porque a UNITA sempre foi muito aberta. Portanto, essa proposta não é nova, mas sim foi reafirmada”.
UNITA coloca expectativas em Cabinda
O líder da oposição acredita que a UNITA terá bons resultados nas eleições, uma vez que os cidadãos estão descontentes com a situação atual, muito marcada pela exclusão. Por isso, foi mobilizar votos em Cabinda.
“Eu tenho de facto uma forte esperança que nós vamos poder ter um excecional resultado em Cabinda. Por todas as razões possíveis. Pela nossa postura, pelas propostas e abertura que temos e porque nós estamos determinados a virar a página desta Angola que não tem ainda uma verdadeira inclusão no seu todo e sobretudo uma paz que tarda para chegar a Cabinda”, disse o líder da oposição aos seus apoiantes cabindenses.