O Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR) diz que está a acompanhar novos relatos sobre o regresso forçado de famílias moçambicanas por autoridades da Tanzânia, reporta a OnuNews.
Trata-se de moçambicanos que fogem do violento conflito, na província de Cabo Delgado, entre o exército nacional e militantes ligados ao grupo extremista Estado Islâmico.
A OnuNews escreve que, somente em Maio, cerca de 3,8 mil moçambicanos que seguiam para a Tanzânia tiveram que retornar na fronteira em Negomano.
Perante a atitude da Tanzânia, o ACNUR pediu que respeite o acesso ao asilo das pessoas que tentam salvar as suas vidas.
Os insurgentes, que atacam Cabo Delgado desde 2017, provocaram a morte de mais de 2.000 pessoas, e outras 800 fugiram para zonas consideradas seguras.
A 24 de Março desta ano, os insurgentes atacaram a vila de Palma, forçando a fuga de, pelo menos, 62 mil pessoas.