A capital dos Estados Unidos preparou-se este sábado para ser palco do maior protesto já ali realizado contra a violência policial. Entre 100 mil e 200 mil pessoas eram esperadas nas ruas de Washington, num protesto sob o lema “A Vida dos Negros Importa” (“Black Lives Matter”).
As forças de segurança montaram um apertado esquema de segurança na cidade, sobretudo junto à Casa Branca, onde esta semana surgiu uma nova cerca de metal depois dos protestos violentos ali realizados há alguns dias.
Ao mesmo tempo, o corpo de George Floyd, o afro-americano morto após ter sido neutralizado de forma violenta por um polícia há quase duas semanas, chegou a Fayetteville, na Carolina do Norte, a terra natal do homem agora tornado símbolo da luta contra o racismo e a violência policial.
Muitas pessoas, incluindo famílias com crianças, esperaram a sua vez para poder pelo menos olhar de perto para a urna de Floyd, cujo funeral está marcado para terça-feira.
À chegada do carro funerário com a urna, ouviram-se cânticos antirracistas com a ameaça “Não há justiça, não há paz”, odes a Floyd e a afirmação “black power” (“força negra”).
O Presidente Donald Trump, que ontem sugeriu de forma controversa que George Floyd deveria estar feliz pelos novos números do emprego nos EUA, foi visado na Florida.
Cerca de uma centena de manifestantes dirigiram-se para o campo de golfe detido pelo chefe da Casa Branca em Doral, nas proximidades de Miami, com um objetivo de encenar ali um protesto organizado por membros da comunidade latina no âmbito do movimento “Black Lives Matter”.
Por diversas cidades americanas, o movimento “BLM” deu voz aos gritos de ajuda de Floyd e em algumas teve a solidariedade de agentes da polícia, como em Austin, no Texas, onde até o chefe do Departamento se ajoelhou, num gesto já simbólico deste movimento antirracista e que tem sido muito criticado por Trump.