27 C
Loanda
Terça-feira, Novembro 26, 2024

A nova legislação ESG da UE sobre cadeias de valor terá um impacto enorme nas empresas dentro e fora da EU

PARTILHAR
FONTE:Bloomberg

Os mercados ainda não digeriram as possíveis consequências do que parece ser o plano ESG (Economic, Social and Governance) de maior alcance da União Europeia até o momento, de acordo com analistas do Barclays Plc.

À medida que a UE avança com a Diretiva de Devida Diligência em Sustentabilidade Corporativa, as empresas sediadas dentro e fora da UE fariam bem em prestar atenção à sua aprovação, de acordo com um relatório de analistas do Barclays liderados por Maggie O’Neal.

“Como um dos mais abrangentes” textos legislativos ambientais, sociais e de governação da UE, o CSDDD “continua a ser subestimado”, em nossa opinião, tanto para as empresas da UE como para as empresas internacionais com uma presença significativa no bloco”, afirmaram os analistas.

A directiva, que a UE planeia utilizar como ferramenta para forçar as empresas a prestar mais atenção às suas cadeias de valor, tem o potencial de expor as empresas a riscos jurídicos sem precedentes. Se os elos da cadeia de valor de uma empresa estiverem ligados a violações dos direitos humanos, destruição ambiental ou atos semelhantes, Bruxelas pretende responsabilizar as empresas sediadas na UE.

Os legisladores da UE e os Estados Membros deverão reunir-se esta quarta-feira para continuar as discussões sobre a redação final da diretiva. Um ponto-chave de discórdia tem sido se o CSDDD deveria incluir a indústria financeira. Os bancos, os gestores de activos e as seguradoras têm feito fortes pressões para serem excluídos da directiva e há sinais de que esses esforços estão a dar frutos, pelo menos a curto prazo.

Para quebrar um impasse entre os Estados-Membros, a Espanha, que detém a presidência rotativa da UE, recomendou que o CSDDD excluísse os bancos por enquanto, de acordo com propostas vistas pela Bloomberg. Entretanto, os legisladores da UE votaram em junho para incluir bancos, seguradoras e gestores de activos.

“À medida que os decisores políticos finalizam as suas posições, aguardamos para ver se será aprovado e onde serão traçados os limites do seu âmbito antes das eleições parlamentares da UE em junho”, disseram O’Neal e a sua equipa na nota.

spot_img
ÚLTIMAS NOTÍCIAS
spot_imgspot_img
ARTIGOS RELACIONADOS

COP29: Em oposição a Trump, China abre-se à UE durante negociações sobre o clima

A China tem uma oportunidade na cimeira climática COP29 de marcar pontos com a União Europeia, potencialmente aliviando as...

UE avança com tarifas sobre veículos elétricos chineses, arriscando uma guerra comercial com a China

A União Europeia, anunciou hoje num comunicado, que vai impor tarifas mais elevadas, atingindo um máximo de 45%, sobre...

Comissão Europeia obtém apoio dos Estados-Membros da EU para impor tarifas até 45% sobre veículos elétricos chineses

A Comissão Europeia anunciou na sexta-feira que recebeu apoio suficiente dos Estados-Membros da UE para impor tarifas pesadas de...

UE toma medidas para adiar regras anti-desflorestação em resposta aos apelos dos parceiros mundiais

A Comissão Europeia anunciou no dia 2 de outubro que decidiu adiar a aplicação do Regulamento Europeu sobre a...