A China e a Indonésia assinaram no domingo acordos no valor de 10 mil milhões de dólares no Fórum Empresarial Indonésia-China, em Pequim, abrangendo sectores que incluem a alimentação, as novas energias, a tecnologia e a biotecnologia, noticiaram os meios de comunicação estatais chineses, segundo a Reuters.
O fórum seguiu-se a uma reunião no sábado entre o presidente chinês, Xi Jinping, e o presidente indonésio, Prabowo Subianto, que está na China até este domingo, o primeiro país que visita desde que assumiu o cargo no mês passado.
Prabowo, que venceu as eleições presidenciais da Indonésia em fevereiro, escolheu também a China para a sua primeira visita como presidente eleito, sublinhando o empenho de Jacarta em reforçar os laços estratégicos com Pequim.
Numa declaração conjunta após a reunião dos líderes, os países concordaram em reforçar a colaboração em sectores como os novos veículos eléctricos, as baterias de lítio, a energia fotovoltaica e a economia digital.
Comprometeram-se também a reforçar a parceria na transição energética global e a garantir conjuntamente a segurança do abastecimento mineral global e das cadeias industriais, referiu o comunicado.
Prabowo, numa declaração separada, disse estar optimista que uma cooperação estreita entre os dois países melhoraria a estabilidade regional.
“Devemos dar o exemplo nesta era. A cooperação e não o confronto é o caminho para a paz e a prosperidade”, disse Prabowo, acrescentando que a Indonésia está empenhada em apoiar os investidores chineses.
No domingo, o produtor chinês de materiais para baterias GEM (002340.SZ), assinou um acordo com a PT Vale Indonesia para construir uma fábrica de lixiviação de ácidos de alta pressão em Sulawesi Central, em parte para garantir recursos de níquel, mostrou um documento de Shenzhen. Prabowo testemunhou a assinatura.
A indústria do níquel na Indonésia, o maior produtor mundial do metal, é dominada por empresas chinesas, incluindo a Tsingshan Holding Group e a Zhejiang Huayou Cobalt.
Os dois países vão introduzir medidas em matéria de vistos, incluindo vistos de entradas múltiplas e de longa duração, e incentivar mais voos diretos e destinos com base na procura, segundo a declaração conjunta.