Analistas em Luanda apontam vários cenários sobre o futuro da liderança do partido no poder em Angola, MPLA. Para falar sobre o assunto, ouvimos os analistas políticos, Anselmo Kondumula e Agostinho Sikato e o General Higino Carneiro.
A disputa da liderança no maior partido que governa Angola já começa a ter rostos interessados em substituir o actual presidente, João Lourenço, que está impedido, por força da constituição, de concorrer a um terceiro mandato na presidência da república.
A realização do congresso extraordinário agendado para Dezembro próximo, tem causado algumas movimentações e agitado os militantes com várias informações que circulam nas redes sociais que não foram desmentidas até ao presente momento.
O rosto que mais se destaca nos últimos tempos tem sido do general Higino Lopes Carneiro, que já fez circular nas redes sociais o seu manifesto de candidatura, onde apresenta cinco pontos para desenvolvimento sustentável e inclusivo do país.
Uma outra figura do partido está associada a uma campanha aparentemente involuntária de encorajamento para uma eventual candidatura. Trata-se de Fernando Dias dos Santos “Nandó”, antigo presidente da assembleia nacional.
O nome do jovem ministro de estado e chefe de casa civil, Adão de Almeida, também foi colocado na corrida, para além da esposa de João Lourenço, a economista Ana Dias Lourenço, e os não menos importantes candidatos, António Venâncio e José Carlos de Almeida.
Nas hostes do partido no poder e da sociedade em geral começam a surgir vários comentários à volta deste cenário, principalmente sobre o futuro de João Lourenço, numa altura em que o segundo mandato se aproxima do fim.
Em entrevista recente à rádio “Correio da Kianda”, o general Higino Carneiro não deixou margem para dúvidas ao assumir que estava a ponderar a sua candidatura, mas remeteu a definição deste processo para órgão de decisão do comité central do seu partido.
Por Arão Ndipa