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Sexta-feira, Novembro 22, 2024

Sem outra escolha, o presidente francês, Macron, aceita demissão do primeiro-ministro Gabriel Attal

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FONTE:Euronews

O presidente francês, Emmanuel Macron, aceitou na tarde desta terça-feira a demissão do primeiro-ministro, Gabriel Attal.

No entanto, Attal e e o resto do governo vão continuar em funções até ser nomeado um novo primeiro-ministro. Attal pode ser ainda primeiro-ministro durante o início dos Jogos Olímpicos, que começam a 26 de Julho em Paris.

O executivo francês passa assim a governo demissionário, que não pode ser derrubado por uma moção de censura e tem poderes limitados.

Attal e outros ministros vão ser responsáveis apenas por despachar os assuntos correntes de forma a garantir a continuidade dos assuntos de Estado, sem tomarem nenhuma medida política de fundo durante este período interino.

Estas limitações podem ser problemáticas caso o período de transição para um novo Governo seja longo. E esta é uma possibilidade real, considerando a dificuldade dos partidos da Assembleia Nacional em chegarem a um consenso para apresentarem um novo primeiro-ministro

Candidata da sociedade civil

Vários partidos da coligação de esquerda Nova Frente Popular (NFP), que conseguiu o maior número de votos nas legislativas, chegaram a um consenso, na noite de segunda-feira: socialistas, ecologistas e comunistas propuseram o nome de Laurence Tubiana para primeira-ministra.

Tubiana é uma economista de 73 anos. Nos últimos anos, tem estado envolvida em questões ambientais: preside à Fundação Europeia do Clima, depois de em 2015 ter sido Representante Especial de França na Conferência da ONU sobre as mudanças Climáticas de Paris.

Tubiana foi apresentada como sendo uma candidata da sociedade civil, mas a proposta não está a ser bem recebida pela direção do partido La France Insoumise, que faz parte da NFT.

De acordo com o Jornal Le Monde, os presidentes dos grupos parlamentares que estão a propor Tubiana vão também entrar em negociações com outros grupos parlamentares, com a exceção do Rassemblement Nacional de Le Pen e d’ Os Republicanos de Éric Ciotti. O objetivo é criar um “cordão sanitário” impedindo a participação da extrema-direita na tomada da decisão.

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