O Ministério da Energia e Águas vai implementar, nos próximos dias, todos os projectos já identificados nos domínios do transporte e distribuição da energia eléctrica com uma empresa chinesa.
A afirmação foi feita pelo ministro da Energia e Águas, João Baptista Borges, feita na quinta-feira, em Macau, República da China, onde participa de 19 a 21 deste mês, no 15.° Fórum Internacional de Investimento e Construção.
O responsável enfatizou que a empresa chinesa seleccionada para o efeito tem “grandes” investimentos a nível mundial, na concepção e gestão de linhas de transporte de energia eléctrica.
No entanto, a notícia divulgada pela agência Angop não menciona o nome da empresa, o valor do contrato ou a forma como a empresa foi selecionada.
Segundo o governante, está prevista a assinatura de um protocolo de entendimento que será o guardião de um conjunto de contratos para a construção do sistema de transporte de electricidade.
Disse que a prioridade em Angola tem a ver com a expansão do sistema eléctrico para o sul e para outros países da região, de modos a poder-se mitigar os efeitos climáticos negativos.
Em entrevista à televisão chinesa de Macau, João Baptista Borges afirmou que em Angola já foram investidos, nos sectores da energia e águas, mais de 20 bilhões de dólares da linha de crédito da China, sendo o maior financiamento desse país asiático concentrado na barragem hidroeléctrica de Caculo Cabaça, a maior de Angola, com 2.170 MW, onde serão gastos um total de 4.5 mil milhões de dólares.
Para o governante, é do interesse do Estado angolano ver fortalecidos os laços de amizade com a República Popular da China, recordando que foi celebrado recentemente 40 anos das relações diplomáticas, na vigência do qual foram assinados importantes acordos que traduzem o interesse de ver mais investimentos privados em Angola, sobretudo em infra-estruturas básicas, nos quais assenta o desenvolvimento económico e social do país.
“Neste encontro queremos conhecer melhor as potencialidades da indústria e a tecnologia chinesa e conhecer melhor as empresas dos sectores de energia e águas, podendo ter a facilitação da construção de infraestruturas que nos permitam uma economia mais resiliente e trocas comerciais, assim como promover a expansão do acesso a electricidade por parte da população”, disse.
Por outro lado, referiu que na África subsahariana as taxas de acesso a electricidade estão abaixo dos 50 por cento e particularmente em Angola está a 43, almejando elevá-la a atingir os 50 por cento, até finais de 2027, beneficiando 16 milhões de cidadãos.
Por esta razão, prosseguiu, está a ser produzida energia mais barata e verde, por via das barragens e da tecnologia de painéis solares com o apoio da China.