Um oleoduto vai ligar Angola e a Zâmbia no quadro do reforço da cooperação bilateral, informou esta quinta-feira, em Luanda, o embaixador zambiano, Lawrence Chalungumana, em fim de missão no país.
Em declarações à imprensa, depois de ter apresentado cumprimentos de despedida ao Presidente da República, João Lourenço, o diplomata zambiano disse terem sido já realizados trabalhos técnicos neste sentido, podendo as obras de construção iniciar no segundo trimestre deste ano.
Lawrence Chalungumana explicou que, com a construção do oleoduto, a Zâmbia passará a ser um fornecedor secundário de produtos derivados do petróleo a outros países da região.
Salientou que está também assegurado o fornecimento à Zâmbia, a partir da refinaria do Lobito, de cerca de 200 mil barris de combustíveis por dia.
Afirmou que, a par do Caminho-de-Ferro do Lobito, está avançado o projeto de construção de estradas para ligar a Zâmbia ao leste de Angola, a partir da província do Moxico.
Segundo Lawrence Chalungumana, o seu país vai beneficiar, proximamente, de energia elétrica produzida em Angola, estando em curso a construção de infraestruturas para a interligação.
Por outro lado, adiantou que, no quadro dos acordos entre os dois Estados, médicos e profissionais de enfermagem zambianos vão assistir populações angolanas na zona de fronteira comum.
Lawrence Chalungumana informou que no quadro das trocas comerciais, a Zâmbia exportou para Angola produtos agrícolas e da agro-indústria avaliados em 300 mil dólares norte-americanos.
No sentido inverso, a economia angolana forneceu à zambiana petróleo, peixe, sal e granito, referiu, sem adiantar números.
Angola e Zâmbia partilham uma fronteira comum de mais de mil quilómetros e possuem relações de cooperação bastante regulares, dentro do quadro estabelecido pelo Acordo Geral de Cooperação Económica, Científica, Técnica e Cultural, assinado em 1979.
No ano transato, reforçaram a cooperação bilateral, com a assinatura de seis instrumentos jurídicos, no quadro da visita de Estado a Angola do Presidente zambiano, Hakainde Hichilema, sendo cinco memorandos de entendimento e um acordo.