Os Estados Unidos abstiveram-se na resolução que recebeu 14 votos a favor. Os Estados Unidos alertaram para o facto de a resolução aprovada esta segunda-feira poder prejudicar as negociações por parte dos Estados Unidos, do Egipto e do Qatar com vista ao fim do conflito.
A votação acontece depois de a Rússia e a China terem vetado, na sexta-feira (22.03), uma resolução da autoria dos Estados Unidos que determinava “um cessar-fogo imediato e sustentado” no conflito entre Israel e o Hamas.
A resolução agora aprovada “exige um cessar-fogo imediato para o mês do Ramadão, respeitado por todas as partes, levando a um cessar-fogo duradouro e sustentável”.
O Ramadão começou em 10 de março e termina em 09 de abril, o que significa que a exigência de cessar-fogo durará apenas duas semanas, embora o projeto diga que a pausa nos combates deverá levar “a um cessar-fogo duradouro e sustentável”.
Exige também a libertação imediata e incondicional de todos os reféns, assim como a garantia de acesso humanitário para atender às suas necessidades médicas e outras necessidades humanitárias, e exige ainda que as partes em conflito cumpram as suas obrigações ao abrigo do direito internacional “em relação a todas as pessoas que detêm”.
A resolução, proposta pelos 10 Estados-membros eleitos do Conselho de Segurança, tem o apoio da Rússia, da China e do Grupo Árabe, composto por 22 países, nas Nações Unidas.
Após mais cinco meses de guerra entre Israel e o grupo islamita Hamas em Gaza, é a primeira vez que o Conselho de Segurança consegue aprovar uma resolução relativamente a um cessar-fogo no enclave, após vários projetos terem sido consecutivamente vetados.