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Quinta-feira, Novembro 21, 2024

Batalha do Cuito Canavale ditou novo caminho para o desenvolvimento – PR

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FONTE:ANGOP

O Presidente da República, João Lourenço, afirmou que com a Batalha do Cuito Cuanavale o país começou um novo caminho para o desenvolvimento e a paz sustentada, garantindo que passaria a ser uma parte fundamental da agenda de desenvolvimento e integração da SADC.

O Chefe de Estado exprimiu esta ideia numa mensagem por ocasião do Dia da Libertação da África Austral, 23 de Março, que se assinala neste sábado.

“Ao celebrarmos este dia, recordemos a bravura das Forças Armadas Populares de Libertação de Angola FAPLA, dos internacionalistas cubanos e dos combatentes da SWAPO, da ZANU-PF, do ANC e dos países da chamada Linha da Frente, que triunfaram na luta contra o regime do apartheid”, frisou.

Sublinhou que essa luta conduziu à libertação da Namíbia, da África do Sul e de toda a África Austral, sendo um testemunho claro da força e importância da unidade de acção e da solidariedade entre os povos oprimidos.

“Hoje, assinalamos o Dia da Libertação da África Austral, que a nossa região, a Comunidade de Desenvolvimento da África Austral SADC, reservou para homenagear os homens e mulheres que sacrificaram as suas vidas para trazer a Liberdade de que hoje desfrutamos”, realçou.

Para João Lourenço vários acontecimentos significativos marcam a celebração deste ano, à medida que se prossegue com a implementação do Mecanismo em Homenagem aos Fundadores da SADC.

No dia 18 de Fevereiro de 2024, afirmou, testemunhou-se a inauguração da estátua de Mwalimu Julius Kambarage Nyerere, primeiro Presidente da República Unida da Tanzânia, na União Africana, em Adis Abeba Etiópia, como símbolo adequado e poderoso que recordará constantemente o continente, em particular à geração mais jovem, os sacrifícios feitos por um dos baluartes da libertação de África.

“A história da nossa libertação é a história da existência da região. Por esta razão, apraz-me assinalar que as publicações da obra Hashim Mbita, que documentam a história da luta de libertação da nossa região nas línguas inglesa, francesa e portuguesa, terem sido divulgadas nos Estados-Membros da SADC”, referiu.

Adiantou que a tradução desta mesma publicação para Kiswahili encontra-se numa fase avançada e que, uma vez concluída, será distribuída aos Estados-Membros ainda este ano.

Acrescentou que estas publicações servem não só como uma colagem de arquivo da trajectória da SADC na sua luta pela liberdade, mas também como um reflexo de esperança e uma aspiração de todos no sentido de guardar e proteger zelosamente a região relativamente pacífica e estável.

“À medida que continuamos a implementar o mecanismo em homenagem aos fundadores, saúdo os Estados-Membros que abriram caminho ao incorporar a história da libertação da África Austral nos seus currículos escolares”, disse.

Apelou a todos os Estados-Membros da SADC para que continuem a explorar formas inovadoras de incluir estas histórias de libertação no currículo escolar.

Para o Presidente angolano, o futuro da África Austral reside na capacidade de educar as gerações futuras, associada à genuína determinação colectiva de garantir uma paz sustentável.

Conforme o Presidente, assim, o Mecanismo em Homenagem aos Fundadores da SADC inclui um concurso anual de redacção para os estudantes universitários da região.

Este ano, os jovens debaterão o tema “Descrever os papéis que os pais fundadores desempenharam no desenvolvimento da visão da integração regional” que conjuga o passado, o presente e o futuro da agenda de integração da SADC, “que é a nossa razão de ser, enquanto comunidade”.

“A liberdade pela qual lutámos e que tanto ansiámos não deve murchar e desaparecer com o tempo, mas sim servir de modelo orientador que inspire as gerações futuras para a importância da nossa busca colectiva de inclusão, para que de facto nenhum dos nossos povos e nações seja deixado para trás” declarou.

Ao celebrar-se, este ano, o Dia da Libertação da África Austral, apelou à firmeza na salvaguarda das liberdades fundamentais, da paz e da segurança das nações e abraçar-se e nutrir-se o potencial colectivo para triunfar-se sobre qualquer adversidade a enfrentar no relacionamento com o mundo global e contribuir-se para que seja cada vez mais justo e seguro para todos os habitantes da terra. ADR

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