Os 15 migrantes da África Ocidental que deram à costa da ilha de São Vicente, Cabo Verde, no início do mês, quando tentavam chegar à Europa, foram repatriados no domingo, disseram à Lusa fontes ligadas ao processo.
O grupo esteve confinado pelas autoridades aos quartos do centro de estágios do Mindelo, devido à entrada ilegal no país, recebendo tratamento médico e refeições, entre 5 e 15 de março. Ao mesmo tempo, estiveram em contacto com familiares.
Na passada sexta-feira, foram transportados pelas autoridades para a cidade da Praia e deixaram Cabo Verde na madrugada de domingo, por via aérea.
Num comunicado, a Polícia Nacional informou ter concluído “o processo de repatriamento” dos sobreviventes da tentativa de migração: 13 malianos, um senegalês e um mauritaniano, sem acrescentar mais detalhes.
A embarcação na qual seguiam quatro dos membros do grupo encalhou na ilha de São Vicente no dia 3 de março, após cerca de um mês à deriva num barco artesanal (piroga), onde estavam 65 pessoas, que partiram da cidade portuária de Nouadhibou, na Mauritânia.
O motor da embarcação ficou sem gasolina a 200 quilómetros das ilhas Canárias, Espanha, e a corrente arrastou-os até Cabo Verde.
Os outros 11 homens agora repatriados também partiram de Nouadhibou, mas ter-se-ão perdido no mar e, após navegarem durante quatros dias, chegaram à Baía das Gatas, ilha de São Vicente, perguntando se estavam em Espanha.
Por LUSA