A AD, constituída pelo PSD, pelo CDS-PP e pelo PPM, de centro-direita, é a vencedora das eleições legislativas, embora com maioria relativa. Segundo a projeção à boca das urnas da Universidade Católica para a RTP, a coligação liderada por Luís Montenegro venceu com entre 29% e 33%, sendo a margem mínima igual à margem máxima do PS.
O Partido Socialista, até agora no governo, terá ficado em segundo lugar com entre 25% e 29%. No terceiro posto, confirma-se a forte subida do Chega, a formação de direita populista liderada por André Ventura, que terá conseguido entre 14% e 17%, mais do dobro do conseguido nas eleições de 2022.
A projeção coloca a Iniciativa Liberal no quarto posto, com entre 5% e 7%. A formação de Rui Rocha perfila-se como possível parceira num governo liderado pela AD, embora as duas formações juntas não consigam formar uma maioria.
Seguem-se o Bloco de Esquerda, com entre 4% e 6% e o Livre com entre 3% e 5%, conseguindo assim a formação de Rui Tavares multiplicar o número de deputados, sendo até agora uma formação de deputado único. O Livre consegue ainda a proeza de relegar a CDU (PCP/Verdes) para o sétimo posto, com entre 2% e 4%.
O PAN terá ficado com entre 1,5% e 2,5%, podendo eleger um segundo deputado além de Inês de Sousa Real.
A grande surpresa da noite são os resultados do Chega, que segundo os dados mais recentes poderão atingir os 20%. Sem a participação do Chega no governo ou uma aliança parlamentar, a AD não terá maioria absoluta para governar, o que poderá criar uma forte instabilidade na governação em Portugal nos próximos anos.