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Segunda-feira, Novembro 25, 2024

Salinas Tchicamby vai produzir 50 mil toneladas/ano

As salinas Tchicamby, localizadas no município da Baía Farta, província de Benguela, vão produzir cinquenta mil toneladas de sal por ano, anunciou o promotor do projecto, Sebastião Custódio.

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FONTE:ANGOP

Inauguradas na última terça-feira pela ministra das Pescas e dos Recursos Marinhos, Carmen do Sacramento Neto, as salinas ocupam uma área de 280 hectares, dos quais estão a ser utilizados apenas 120, estando estimada uma média mensal de produção de 4.200 toneladas de sal.

Falando à imprensa, Sebastião Custódio afirmou que o projecto está a utilizar a argila, na fase convencional e depois a de lonas nas bacias de retenção.

“O uso de lonas permite mais rapidez ao processo de produção, mas é mais complicado porque precisa de muita manutenção devido à substituição dos equipamentos”, explicou.

O responsável explicou que o projecto começou a ser implementado há dois anos e, ao longo deste percurso, tem encontrado muitas dificuldades.

Para ele, o objectivo é garantir o aumento da produção nacional de sal e o excedente ser escoado, principalmente, para a República Democrática do Congo, através do Corredor do Lobito.

“Queremos também erguer uma fábrica para refinação do sal para agregar valor naquilo que produzimos, para poder exportar com custos mais elevados e garantir a sustentabilidade da empresa”, informou.

Em termos de investimentos, informou que a empresa conta já com uma sala de formação técnico-profissional, bem como outra de alfabetização para elevar o nível de conhecimentos técnicos dos trabalhadores.

Em relação à concorrência, disse não sentir tanto por considerar que o mercado é estável, tendo em conta o número de empresas do ramo.

As salinas Tchicamby contam, neste momento, com 320 trabalhadores directos e 125 em regime de colaboração, mas o objectivo, segundo Sebastião Custódio, é atingir os mil postos de trabalho até ao fim do ano.

Durante a visita guiada, a ministra dirigiu alguns conselhos tais como sobre a necessidade de construção de um laboratório para o controlo de qualidade, bem como a conservação dos técnicos para dar continuidade à produção para as próximas gerações.

O projecto beneficiou de um financiamento do Banco Angolano de Desenvolvimento na ordem dos dois mil milhões de kwanzas.

Entretanto, a empresa arrancou com 50 por cento deste valor, segundo o promotor do projecto, estando prevista a sua ampliação, paulatinamente. TC/CRB

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