A União Africana (UA) pediu na terça-feira o diálogo entre a Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) e os países liderados por juntas militares, Níger, Mali e Burkina Faso, que disseram que deixarão a CEDEAO.
A decisão do trio de sair da CEDEAO, anunciada no domingo, é um golpe para os esforços de integração regional do bloco , e também para a Africa, depois de os ter suspendido após golpes de estado.
A UA apoiou os esforços da CEDEAO para restaurar a democracia.
“O Presidente da Comissão da União Africana, Sua Excelência Moussa Faki Mahamat, tomou conhecimento com profundo pesar do anúncio da retirada do Mali, do Níger e do Burkina Faso da CEDEAO”, afirmou a UA num comunicado.
“(Ele) apela a esforços combinados para que a unidade insubstituível da CEDEAO seja preservada e a solidariedade africana fortalecida.”
Ele instou os líderes regionais a intensificarem o diálogo entre a liderança da CEDEAO e os três países e disse que a UA estava disponível para ajudar.
Os Ministérios dos Negócios Estrangeiros do Burkina Faso, do Mali e do Níger notificaram formalmente a Comissão da CEDEAO das suas decisões de abandonar o bloco em avisos escritos datados de 29 de janeiro.
De acordo com o tratado do bloco, os estados-membros que desejam se retirar devem avisar por escrito com um ano de antecedência. Assim, a decisão de abandonar o bloco de 15 membros ainda poderá levar algum tempo a ser implementada, abrindo uma porta para negociações.
A posição do trio em relação à CEDEAO aumentou a crise em toda a região, onde os exércitos têm lutado para conter os militantes islâmicos desde que tomaram o poder em vários países.