Ao falar em conferência de imprensa sobre o actual estado económico e social desta região, o deputado do círculo provincial do Moxico, João Muzaza, apelou à envolvência da sociedade na fiscalização na implementação do OGE, para o êxito da execução dos projectos programados.
Em caso de incumprimento contratual, o político encorajou a população a denunciar junto da Inspecção Geral da Administração do Estado (IGAE) para a devida responsabilização.
Por outro lado, apelou ao governo no sentido de materializar os projectos de construção de estradas, de modo a estimular actividade económica na região, com realce ao sector agrícola.
Neste campo, sugeriu o gabinete da Agricultura para maior incentivo aos produtores, para a maximização da agricultura familiar, com vista à redução da fome e pobreza nas comunidades do país.
Para o presente ano civil, o Governo do Moxico se propôs priorizar a conclusão de obras de projectos sociais paralisadas há vários anos, entre as quais o Instituto Médio Politécnico no bairro Alto Luena, a escola primária “Comandante Kwenha”, no centro da urbe capital, com capacidade de albergar cinco mil e 400 alunos.
Ainda no sector da educação, a região conta com a paralisação de uma escola primária no bairro Tchifuchi, com capacidade de 19 salas de aula, e um Centro Materno Infantil na cidade do Luena, cujas obras têm ficado interrompidas por dificuldades financeiras.
No âmbito do Plano Integrado de Intervenção no Município (PIIM), num universo de 139 projectos, 71 foram inaugurados e 31 estão paralisados, enquanto os restantes em execução.
Recentemente, em declarações à Imprensa, o governador, Ernesto Muangala, perspectivou 2024 como um ano de “muito trabalho”, para garantir o desenvolvimento da região.
Sobre as estradas, o governador mostrou-se optimista com o início das obras da Estrada Nacional 250 (EN250), que ligará as regiões do Luena/Munhango, no Bié, (156 quilómetros), Luena/Léua-Cameia (102 quilómetros) e Luzí/Cassamba/Cangamba (mais de 200 quilómetros).
No sector das águas, o Governo prevê a construção de três sistemas de captação, tratamento e distribuição nas sedes municipais do Léua, Luau e Alto Zambeze.
O Moxico é uma província, de Angola, composto pelos municípios sede (Moxico), Camanongue, Léua, Cameia, Luacano, Luau, Alto Zambeze, Bundas e Luchazes, é habitado por 994 mil 53 pessoas, das quais 506 mil 837 são mulheres, de acordo com a previsão do Instituto Nacional de Estatística (INE).
O Orçamento Geral do Estado (OGE) para 2024, comporta receitas estimadas em 24,7 biliões de Kwanzas e despesas fixadas em igual montante, já a província do Moxico beneficiou de um orçamento avaliado em 89 mil milhões de kwanzas. LTY/TC/YD