Na sua última mensagem de Natal aos portugueses, depois de oito anos à frente do Governo, António Costa sublinhou que o país, “perante as adversidades”, tem “o dever de ser persistente e nunca desistir”. “É por isso que a mensagem que vos quero deixar é mais uma vez uma de confiança: de confiança em nós portugueses, em Portugal”, reitera o primeiro-ministro demissionário.
Nesta sua mensagem, o primeiro-ministro assumiu também que “há problemas” que Portugal tem de ultrapassar e advertiu que “terá de haver sempre força e determinação para os enfrentar”.
Observando o futuro, Costa explicou a razão pela qual os portugueses podem confiar em Portugal para ultrapassar os desafios que enfrenta, destacando três razões para isso: maior nível de qualificação, um país preparado para combater as alterações climáticas e os limites impostos aos défices orçamentais.
“Termos menos dívida”, continuou, “significa maior credibilidade externa, mas significa acima de tudo maior liberdade para os portugueses”. Essa liberdade, diz, está relacionada com a possibilidade “de escolher como utilizar o que se poupa ao serviço da dívida”, mas também “liberdade de escolher em que áreas desejamos mais investimento ou menos impostos”.
“Liberdade de escolher o caminho que juntos vamos percorrer”, apontou ainda o líder demissionário, apontando para um caminho que será feito com outro chefe de Governo escolhido nas próximas legislativas de 10 de março.
Na sua mensagem, António Costa disse ter concluído que os últimos oito anos provaram que tinha “boas razões” para confiar no país.
“Juntos vencemos as angústias da pandemia; juntos temos garantido que a tragédia dos incêndios de 2017 não se repete; juntos temos conseguido mais e melhor emprego; diminuímos a pobreza e reduzimos as desigualdades; recuperámos a tranquilidade no dia-a-dia das famílias; juntos temos atraído mais investimento das empresas e conquistado mais exportações; repusemos direitos e equilibrámos as contas públicas; juntos ultrapassámos dificuldades e juntos construímos um país melhor”, advogou.
Na sua perspetiva, há razões para ter confiança que Portugal “está preparado para vencer os grandes desafios” que enfrenta.
“Estes oito anos, em que tive oportunidade de conhecer ainda melhor os portugueses e Portugal só reforcei a minha confiança na nossa Pátria. E é com esta confiança reforçada em cada um de vós, na nossa capacidade coletiva, em Portugal, que me despeço, desejando um Feliz Natal, um excelente ano de 2024 e a certeza de que os portugueses continuarão a fazer em cada ano novo, um ano ainda melhor”, destacou o primeiro-ministro ainda.