O ministro da Defesa de Israel, Yoav Gallant, disse nesta segunda-feira que seu país não tem a intenção de ficar permanentemente na Faixa de Gaza, e que está aberto a discutir alternativas sobre quem controlaria o território, desde que não fosse um grupo hostil a Israel.
O ministro também disse que Israel está aberto à possibilidade de um acordo com o grupo militante Hezbollah, apoiado pelo Irã, no Líbano, com a condição de que qualquer acerto inclua uma zona segura ao longo da fronteira e garantias adequadas.
“Israel tomará quaisquer medidas para destruir o Hamas, mas não temos intenção de ficar permanentemente na Faixa de Gaza”, disse o ministro a jornalistas.
Mais de dois meses desde o ataque do Hamas ao sul de Israel em 7 de outubro que desencadeou a guerra, e mais de um mês desde que Israel lançou sua ofensiva terrestre, Gallant disse que foram alcançados sérios progressos, especialmente no norte de Gaza, onde as coisas se aproximam de um “ponto de ruptura”.
Ele disse que Israel está aberto a discutir alternativas sobre quem poderá controlar Gaza após a guerra.
“A condição fundamental é que este órgão não aja com hostilidade para com o Estado de Israel. Todo o resto, na minha opinião, pode ser discutido. Certamente não será o Hamas, e também não será Israel. Manteremos a nossa liberdade de agir, operar militarmente contra qualquer ameaça.”
Em uma aparente mudança de estratégia, pelo menos publicamente, Gallant apelou aos combatentes e comandantes do Hamas para se renderem em vez de serem mortos.
“Se vocês se renderem, poderão salvar suas vidas. Caso contrário, seu destino estará selado.”
Por Ari Rabinovitch