A notícia foi avançada pela agência de notícias oficial SUNA, sem dar mais detalhes.
O Governo também não se pronunciou ainda.
Nas últimas semanas, manifestantes pró-exército e altos funcionários leais ao líder das Forças Armadas, Abdel Fattah al-Burhan, acusaram os EAU de apoiar as Forças de Apoio Rápido (RSF, na siglas em inglês), lideradas pelo ex-vice de Burhan, Mohamed Hamdan Daglo.
Guerra sem fim
O exército e as RSF estão em guerra desde 15 de abril, que resultou em cerca 12 mil pessoas mortas e no deslocamento de sete milhões de residentes, segundo as Nações Unidas.
As negociações para um cessar-fogo falharam consistentemente, ao mesmo tempo que nenhuma das partes consegue obter uma vantagem decisiva no campo de batalha.
Especialistas e líderes mundiais, incluindo o secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, afirmaram que intervenientes não identificados que fornecem apoio “financeiro e de armas” a ambos os lados em conflito contribuíram para a carnificina em curso.
Enquanto o Egito e a Turquia permanecem firmemente ao lado do exército, observadores indicam que os EAU têm sido acusados de canalizar armas e apoio à RSF, que controla grande parte do lucrativo setor de exploração de ouro do país.
Em agosto, numa reportagem no Wall Strret Journal, o Governo dos EAU alegou que armas foram encontradas nos seus envios de ajuda ao Sudão, mas garantiu que “não toma partido no conflito atual”.
No final de Novembro, o general Yasser al-Atta, vice-chefe de Estado-Maior das Forças Armadas, acusou os EAU de “apoiar a RSF na sua guerra contra o exército”, através de aeroportos no Uganda, no Chade e na República Centro-Africana.
C/AFP