“Estamos no ‘coração’ de [do campo de refugiados de] Jabalia [norte], no ‘coração’ [do bairro] de Shujaiya [na cidade de Gaza] e agora também no ‘coração’ [da cidade meridional] de Khan Yunis”, afirmou Yaron Finkelman, responsável pelo Comando Sul do exército, num comunicado, sem que se possa confirmar as reivindicações do exército israelita de fonte independente.
O comandante israelita afirmou que este foi “o dia mais intenso” de ação militar desde o início da operação terrestre, a 27 de outubro, quer “em termos de terroristas mortos, quer em termos de confrontos armados e de utilização de poder de fogo terrestre e aéreo”.
“Tencionamos continuar a atacar e a garantir os nossos ganhos”, acrescentou.
A ação do exército
Após o fim das tréguas na passada sexta-feira (01.12), a força aérea israelita fez “duas rondas de ataques que envolveram dezenas de aviões de todas as esquadrilhas de caças”.
Estes, prosseguiu, utilizaram centenas de munições em ataques a túneis, poços operacionais e locais de lançamento de mísseis antitanque para apoiar o movimento dos soldados de infantaria no terreno.
Segundo Finkelman, os ataques levaram nos últimos dias a “intensos combates”, particularmente nas zonas de Jabalia e no bairro de Shujaiya, onde vídeos nas redes sociais mostram uma paisagem de devastação devido aos fortes bombardeamentos que destruíram muitos edifícios.
Segundo as autoridades de Gaza, o bombardeamento israelita de Shujaiya, perpetrado segunda-feira, terá provocado a morte de pelo menos 300 pessoas.
Campo de refugiados cercado
Nas últimas 24 horas, as tropas israelitas cercaram também o campo de refugiados de Jabalia, no norte, que consideram ser um reduto do grupo terrorista Hamas, “destruindo numerosas infraestruturas”.
“Os soldados ganharam o controlo das posições centrais do Hamas na zona, enfrentaram e mataram terroristas e localizaram armas e infraestruturas, algumas das quais foram encontradas em edifícios civis, incluindo uma escola”, referiu Finkelman.
A guerra entre Israel e o grupo terrorista Hamas em Gaza começou a 07 de outubro, na sequência de um ataque surpresa do grupo islamita em território israelita que fez mais de 1.200 mortos e mais de 240 reféns levados para a Faixa de Gaza.
Até à data, 122 reféns permanecem no enclave, bem como os corpos de outros 15 reféns confirmados como mortos.
Os bombardeamentos israelitas já mataram cerca de 15.900 pessoas em Gaza, a maioria das quais mulheres e crianças. As autoridades estimam que há mais de 7 mil desaparecidos sob os escombros, pelo que o número de mortos pode ser muito superior.
Por LUSA