A presidente do Instituto para a Igualdade e Equidade do Género de cabo Verde, admite que o mais assutador são “os casos onde sabemos que há mortes, mas que não há denuncias prévias”.
Marisa Carvalho reconhece que nestes casos é mais complicado actuar “na prevenção” ou prestar “assistência” às vítimas de violência.
A responsável refere que este ano uma das preocupações continua a ser” a normalização e banalização dos comportamentos” mais violentos”, sublinhado que a sociedade cabo-verdiana continua a ter dificuldade em identificar comportamentos de violência
Marisa Carvalho alerta que essa postura pode contribuir para que “os comportamentos evoluam para situações que acabem da pior forma”.
De acordo com a agência de noticias Lusa, o número de novos processos nos tribunais cabo-verdianos relacionados com crimes de Violência Baseada no Género (VBG) aumentou 5,7% no último ano judicial (2022-23) face ao ano anterior, fixando-se em 1.971, de acordo com o Ministério Público.
Com estas entradas e os casos que estavam por resolver, o número de processos pendentes aumentou 16,2% no último ano judicial, passando para 2.688.