Sessenta professores de diferentes níveis de ensino foram seleccionados para beneficiarem de uma formação, a partir de Dezembro próximo, com vista à expansão do ensino especial e inserção de novos alunos com deficiência auditivas no sistema de ensino.
A acção formativa prevê abranger professores do ensino primário e II ciclo, nas especialidades de língua gestual e Braille, segundo o sub-director pedagógico da escola do Ensino Especial do Cunene, Orlando de Freitas.
A propósito, o responsável considerou ser uma solução que vai permitir as crianças terem a oportunidade de estudar numa escola próxima da residência, evitando deslocações das suas zonas para Ondjiva, onde está instalada a única escola do ensino especial.
Com isso, prosseguiu, vai se promover cada vez mais a inclusão socio-educativa das crianças com deficiência auditiva no processo normal de ensino.
Lembrou que a formação é contínua, visto que em 2022, foram capacitados igualmente 60 professores em noções básicas da língua gestual, Braille e atendimento educativo especializado, nos municípios do Cuanhama, Ombadja, Namacunde, Ombadja, Curoca, Cahama e Cuvelai.
“Continuaremos a prestar a especial atenção aos alunos surdos no processo de ensino e aprendizagem, no que diz respeito à língua gestual, língua portuguesa e o vocabulário para aprenderem com mais facilidade”, afirmou.
Orlando de Freitas sublinhou que o ensino especial no Cunene conta, no presente ano lectivo, com 79 alunos surdos, sendo 61 do ensino primário, nove do I ciclo e nove no ensino médio.
No presente ano estão matriculados mil e 741 alunos, distribuídos em 46 turmas e 67 professores, dos quais 13 da língua gestual, especializados no acompanhamento educacional a pessoas com problemas de aprendizagem, deficientes visuais, auditivos, mentais e físicas.
O ensino especial na província do Cunene foi implementado em 2004, com a inauguração da única escola, até ao momento, denominada “Rainha Nekoto de Ondjiva”. PEM/LHE/QCB