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Sexta-feira, Novembro 22, 2024

Duas cidades de El Salvador parcialmente cercadas por quatro mil soldados e polícia

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Cerca de quatro mil soldados e polícias cercaram parcialmente duas cidades perto da capital de El Salvador, para capturar membros de grupos criminosos contra os quais o Presidente está a travar “uma guerra”.

“Desde o início da manhã [de quarta-feira], 3.500 soldados e 500 polícias”, armados com espingardas, capacetes e coletes à prova de bala, “montaram três perímetros de segurança” nas cidades de Apopa e Soyapango, declarou o presidente salvadorenho, Nayib Bukele, numa mensagem divulgada nas redes sociais.

Os soldados vigiam os pontos de acesso às zonas isoladas, enquanto a polícia vai de casa em casa, efetuando controlos de identidade.

Os dois principais grupos criminosos do país, Mara Salvatrucha e Barrio 18, operam em ambas as cidades. Nos bairros, toda a gente conhece os membros, normalmente identificados por tatuagens.

Bukele disse que a operação, semelhante às realizadas nos últimos dois meses noutras cidades, faz parte do plano que está a ser implementado desde 2019 para colocar os membros dos gangues atrás das grades.

O ministro da Defesa de El Salvador, René Francis Merino, disse que o destacamento das forças armadas “responde a um apelo da população de que alguns membros de gangues estão a tentar reorganizar-se” na área.

“Não vamos parar até termos capturado o último dos terroristas. Não permitiremos que pequenos grupos se formem e nos privem da paz que tanto nos esforçámos por alcançar”, afirmou Bukele.

A nova ofensiva surge na quarta-feira, num momento em que o Congresso aprovou o 19.ª prolongamento do estado de emergência, em vigor entre 14 de outubro a 12 de novembro.

O decreto, aprovado por 67 votos no Congresso de 84 lugares, estipula que “o estado de emergência é alargado a todo o território” do país.

Em resposta a um surto de violência em março de 2022, que fez 87 mortos em menos de uma semana, Bukele lançou “uma guerra” contra os grupos criminosos, declarando o estado de emergência, uma medida criticada por organizações de defesa dos direitos humanos. Desde então, foram detidos cerca de 73 mil suspeitos de pertencerem a gangues.

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