Já se esperava que uma tempestade solar atingisse a Terra, possivelmente causando falhas de comunicação e criando auroras boreais. Mas os efeitos chegaram um pouco antes do previsto.
Um filamento solar “disparou” para fora do astro-rei este último fim de semana, criando uma grande erupção de plasma conhecida como ejeção de massa coronal (CME) em direção à Terra.
O fenómeno levou a National Oceanic and Atmospheric Administration dos EUA e emitir um alerta de tempestade geomagnética moderada de classe G2, com as possíveis consequências que lhe são apontadas.
Relacionadas com a perturbação do campo magnético da Terra, as tempestades solares podem interromper comunicações de rádio, “expulsar” satélites da órbita e até mesmo causar falhas de energia. Já pela positiva, também podem provocar auroras boreais nos polos terrestres. E foi este lado que prevaleceu.
O impacto dos ventos solares no campo magnético da Terra resultou em algumas auroras boreais, mas não foi forte o suficiente para causar interferências nos sinais de comunicação.
Os efeitos (positivos) chegaram efetivamente, mas antes do previsto. A estimativa era que os resultados da tempestade geomagnética moderada atingissem a Terra segunda-feira à noite, mas tal acabou por acontecer de manhã, ou seja cerca de 12 horas antes.
A previsão de tempestades solares é especialmente difícil nesta altura, com o Sol a mostrar-se mais ativo, além da complexidade do clima espacial, juntamente com um número limitado de sensores “no terreno”, apontam os especialistas. Antever a força de uma tempestade solar quando atinge a Terra também é muito difícil.