Israel fechou as passagens para Gaza e para a Cisjordânia ocupada, reabrindo-as apenas domingo à noite, por ocasião do Ano Novo judaico, o Rosh Hashanah, medida habitual durante os principais feriados religiosos no país.
O encerramento entrou em vigor às 00h00 de hoje e, “sob reserva de uma avaliação da segurança, será levantado no domingo, 17 de Setembro”, afirmaram o exército israelita e o COGAT, o organismo militar que gere os assuntos civis no território palestiniano ocupado.
Os postos de passagem “estarão abertos aos palestinianos em circunstâncias especiais e apenas por razões humanitárias”, desde que tenham recebido autorização prévia do COGAT.
Israel mantém um bloqueio apertado a Gaza desde 2007, altura em que o grupo islamita Hamas – que considera terrorista – tomou à força o poder na Faixa de Gaza.
Por outro lado, mantém um regime de ocupação militar na Cisjordânia desde 1967, quando assumiu o controlo do território.
As medidas ora tomadas acontecem no meio de uma forte escalada de tensão no conflito israelo-palestiniano, que vive em 2023 o ano mais mortífero desde a Segunda Intifada (2000-2005) e que teve o seu epicentro na Cisjordânia.
Este ano, 191 palestinianos foram mortos na Cisjordânia e em Israel, na sua maioria milicianos, em confrontos armados com o exército israelita, mas também morreram civis, incluindo 36 menores.
Do lado israelita, houve 32 vítimas mortais, na sua maioria colonos mortos em ataques de palestinianos, bem como quatro membros das forças de segurança.