Apesar da vontade crescente de estabelecer uma colónia humana em Marte, a verdade é que o planeta não abona daquele que é um dos meios essenciais à nossa vida: oxigénio.
No entanto, a NASA, que está empenhada em encontrar formas para tornar a nossa estadia possível, bem como facilitar as missões, confirmou que conseguiu gerar oxigénio no planeta vermelho.
Na verdade, e sendo rigorosos, a proeza foi concretizada pelo MOXIE (Mars Oxygen In Situ Resource Utilisation Experiment for Oxygen on Mars), um dispositivo que seguiu para Marte a bordo do rover Perseverance, em 2021.
Ter oxigénio em Marte é importante para futuras missões
O MOXIE, construído pelo MIT e pela NASA, tem o tamanho de um microondas e, revelando-se “muito mais bem-sucedido do que os seus criadores esperavam”, conseguiu concluir uma série de experiências, gerando oxigénio 16 vezes. Para a agência americana, trata-se de um passo fundamental para futuras missões espaciais.
Desde o início dos testes, o MOXIE conseguiu produzir um total de 122 gramas de oxigénio. Isto é equivalente à respiração de um cão pequeno em 10 horas. O dispositivo gerou, em média, 12 gramas por hora – o dobro dos objetivos iniciais.
A NASA explicou que o nível de pureza alcançado foi de 98% e, por vezes, ainda melhor. O último teste foi realizado no dia 7 de agosto, tendo o MOXIE gerado 9,8 gramas de oxigénio, em Marte.
Desta vez, todos os requisitos técnicos foram cumpridos e o dispositivo funcionou numa variedade de condições. Além disso, todos os dados servirão de base para aperfeiçoamentos.
Em vez de transportarem grandes quantidades de oxigénio para Marte, os futuros astronautas poderiam viver do solo marciano.
Explicou a NASA, mencionando que o próximo passo será construir, pelas mãos do MIT, um sistema em grande escala que inclua um gerador de oxigénio como o MOXI, mas que possa também armazená-lo.
Afinal, para além de garantir a sobrevivência dos astronautas, o oxigénio é necessário para a produção de combustível: quantidades industriais de oxigénio, por exemplo, seriam necessárias para alimentar uma nave espacial para trazer uma missão tripulada de volta à Terra.