A União Europeia e a Índia tentarão avançar nas negociações sobre um acordo comercial esta semana, uma vez que as exigências do bloco por requisitos rigorosos de sustentabilidade se tornaram um obstáculo importante.
O vice-presidente da Comissão Europeia, Valdis Dombrovskis, discutirá, no sábado, o pacto proposto com o ministro do comércio indiano, Piyush Goyal, à margem de uma reunião comercial do Grupo dos 20 na Índia. De salientar que essa reunião tem lugar após a Cimeira dos BRICS na Africa do Sul.
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A UE também está a negociar um tratado de protecção do investimento com a Índia e propôs a criação de um sistema judicial de investimento específico como parte do acordo. A questão tem sido controversa, na medida em que a Índia prefere utilizar recursos judiciais locais antes de iniciar a arbitragem internacional.
A UE tem um grande interesse em selar o acordo comercial, mas o regime de sustentabilidade do bloco está a complicar as suas negociações comerciais em vários países, disseram pessoas familiarizadas com o assunto. O bloco precisa de descobrir como comunicar mais claramente que os elementos verdes nas negociações comerciais são legalmente necessários para evitar ser rotulado como protecionistas, acrescentaram as pessoas.
A UE considera que parte da sua missão consiste em utilizar o seu peso económico para promover objetivos verdes a nível mundial, mas outros países mostram-se frequentemente relutantes em assumir esse tipo de compromissos, o que impediu negociações sobre uma série de acordos comerciais, da América do Sul à Ásia.
Um acordo de comércio livre com a Índia — uma das economias com crescimento mais rápido do mundo e membro dos BRICS — desbloquearia o acesso mútuo a bens e investimentos em áreas-chave como os mercados digitais, as matérias-primas essenciais e a energia.
Miriam Garcia Ferrer, porta-voz da Comissão Europeia, disse que o bloco aguarda com expectativa a próxima rodada oficial de negociações com a Índia em Bruxelas, a partir de 16 de outubro.
“Avançar neste acordo aproximar-nos-á da eliminação das barreiras entre a UE e uma das maiores e mais rápidas economias do mundo, permitindo que ambos os lados libertem todo o potencial da nossa relação comercial e de investimento”, afirmou ela.
Por Editor Económico
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