A ministra do Ambiente, Ana Paula de Carvalho, pediu, sexta-feira, no Soyo, província do Zaire, maior responsabilidade das empresas locais na conservação e preservação do meio ambiente.
Ao intervir no acto que marcou o encerramento das jornadas alusivas ao Dia Mundial do Ambiente, 5 de Junho, a governante considerou fundamental o envolvimento de toda a sociedade na protecção ambiental, com vista ao alcance dos objectivos da agenda 21, referente a questões ambientais.
Encorajou a implementação de projectos de reflorestação das espécies de mangais em curso na orla marítima do Zaire, região que detém uma área de 33 mil hectares desta espécie da fauna, a maior do país.
Ana Paula de Carvalho quer iniciativas que visam planear, prevenir e mitigar os riscos subjacentes à actividade humana e que garantam, ao mesmo tempo, a sobrevivência das populações residentes nas áreas de conservação de mangais.
Por sua vez, o vice-governador do Zaire para o sector político, social e económico, Afonso Nzolameso, informou que mais de 300 mil pés de mangais foram plantados, nos últimos dois anos, na orla marítima da província.
Essa acção, segundo o responsável, contou com o envolvimento da Associação Ambientalista Nacional denominada OTCHIVA, dos órgãos de defesa e ordem interna, munícipes, com o apoio da petrolífera BP.
Destacou, igualmente, o projecto de protecção das tartarugas marinhas denominado Kitabanga, na circunscrição, sob a égide da Fundação Kissama.
Afonso Nzolameso precisou que a acção em prol da protecção das tartarugas marinhas incide, fundamentalmente, sobre as comunas da Musserra, município do Nzeto, e Ponta de Padrão, no Soyo.
Referiu-se, ainda, ao lançamento, em 2020, de uma campanha de reflorestação na região, em parceria com algumas organizações ambientalistas, para combater os efeitos nocivos sobre o ambiente.
Relativamente a criação de uma estufa com 35 mil mudas de mangais na província, disse ser uma iniciativa apoiada pela empresa petrolífera SEATG e que deverá atingir 300 mil pés da referida espécie de flora, este ano.
Entre as acções em prol do ambiente, destacou, igualmente, a arborização de cidades e vilas dos seis municípios do Zaire, com a plantação de 25 mil mudas de plantas ornamentais diversas.
Afonso Nzolameso apelou para a exploração responsável dos inertes utilizados na construção civil, frisando que a acção ilegal, neste domínio, contribui na degradação dos solos.
O vice-governador quer, também, um combate cerrado à caça furtiva que coloca em risco a extinção de algumas espécies da fauna, assim como as queimadas anarquias.
O Dia Mundial do Ambiente é celebrado todos os anos a 5 de Junho, com o objectivo de balancear acções positivas de protecção e preservação do ambiente e alertar as populações e os governos para a necessidade de salvar o ambiente. JFC/PMV/JL