Um ataque com faca num centro cultural muçulmano em Lisboa, Portugal, nesta terça-feira, 28, deixou duas pessoas mortas e várias outras feridas.
Segundo a polícia, um homem, de origem afegã, invadiu o Centro Ismaili e esfaqueou pessoas que estavam dentro do local.
De seguida, ele foi baleado pela polícia e submetido a uma cirurgia por ter sido atingido num pé.
Em volta do Centro Ismaili estão várias dezenas de operacionais da Unidade Especial da Polícia, da Polícia de Segurança Pública e da Unidade Nacional Contra-Terrorismo da Polícia Judiciária.
O primeiro-ministro de Portugal, António Costa, disse que ainda não se sabe se o ataque foi um atentado terrorista.
“Mas tudo aponta para um acto isolado”, afirmou Costa.
Em nota, o Presidente da República “apresentou ao representante do Imamat Ismaili em Lisboa, Nazim Ahmad, sinceros pêsames pelo acto criminoso ocorrido hoje no Centro Ismaili de Lisboa” e solicitou que “os transmitisse também ao Príncipe Aga Kahn e às famílias das vítimas”.
Líderes partidários de todas as tendências condenaram o ataque e manifestaram solidariedade às vítimas.
Nenhum grupo reivindicou o ataque até agora contra o centro frequentado por ismaelistas, um grupo xiita minoritário que tem sido alvo de atentados em países como Paquistão e Afeganistão.
O Centro Ismaili é a entidade supranacional que representa os ismaelitas, um ramo minoritário do xiismo que tem em Aga Khan IV o seu líder espiritual.
Além da religião, o centro dedica-se do ensino à integração de refugiados.