Um novo ataque atribuído às Forças Democráticas Aliadas (ADF) na República Democrática do Congo causou pelo menos 17 mortos, anunciaram hoje as autoridades locais, dias depois de um massacre atribuído a estes rebeldes filiados no grupo Estado Islâmico. O ataque ocorreu esta madrugada em Kirindera, no território de Beni, segundo o chefe da aldeia, Katembo Kahongya, em declarações à Agence France-Press (AFP).
“Temos 17 mortos e quatro feridos”, disse, referindo que os rebeldes incendiaram edifícios.
E acrescentou: “Usaram armas brancas e armas de fogo para executar a população”.
O antigo governador do Kivu do Norte, Carly Nzanzu Kasivita, apontou para um número provisório de 19 mortos na sua página da rede social `Twitter.
Já um dos moradores, Mukondano Kambale, revelou que alguns dos mortos estavam num hotel e num centro de saúde, equipamentos que foram incendiados.
“Sentimos medo e desolação aqui no centro de Kirindera”, frisou.
Um ataque anterior atribuído às ADF matou mais de 40 pessoas durante a noite de quarta para quinta-feira em duas aldeias também no território de Beni.
As ADF são originalmente rebeldes ugandeses, predominantemente muçulmanos, que estão enraizados desde meados da década de 1990 no leste da República Democrática do Congo onde são acusados de terem matado milhares de civis.
Em 2019, juraram lealdade ao grupo Estado Islâmico que, agora, apresenta o ADF como o seu braço na África Central.
Os Estados Unidos da América anunciaram, no início deste mês, uma recompensa por qualquer informação que pudesse levar ao seu líder, Musa Baluku, um ugandês de 40 anos.