A classe docente do Moxico defendeu, esta segunda-feira, no Luena, a implementação de reformas no funcionamento e gestão das escolas públicos da província, para garantir a qualidade no sistema educativa na região.
A carência de bibliotecas e laboratórios escolares, a inexistência de corrente eléctrica, sobrelotação das salas, falta de vedação, degradação das vias de acesso às escolas foram algumas das preocupações levantadas pelos profissionais durante um encontro com o governador do Moxico, Ernesto Muangala, que visou abordar sobre o estado do sector.
Na ocasião, o professor Gildo Sambuquila lamentou a insuficiência de recursos didácticos nas escolas, que segundo o docente, tem inviabilizado o alcance da qualidade deseja no processo de ensino e aprendizagem.
Por sua vez, o professor Gabriel Vieira questionou a demora da conclusão da obra escola no ensino primário “Comandante Kwenha”, inactiva há mais de uma década, por estar a beneficiar de reabilitação e ampliação.
Disse que a demora do projecto obrigou a transferência dos alunos para uma outra unidade com capacidade limitada, obrigando a redução do tempo das aulas para permitir a absolvição de mais crianças.
Enquanto isso, o professor Gilberto Sapalo defendeu a criação de condições de habitabilidade nos municípios do interior, com vista a permitir a deslocação e permanência dos docentes nas localidades onde são destacados.
Já o docente Rafael Fernando sugeriu o destacamento de um posto policial nas instituições com elevado número de estudantes para garantir a segurança , face ao elevados casos de violência física que se registam nesses espaços, com realce a escola “Camarada Tchifuchi” que concentra mais de sete mil alunos.
” O excesso de alunos têm transformado as escolas em centros de deliquências, por insuficiência de segurança”, enfatizou, acrescentando a implementação de um posto de primeiro socorro.
Após auscultar os docentes, o governador provincial, Ernesto Muangala, enalteceu o encontro com os docentes, prometendo que muitos dos problemas serão resolvidos localmente, enquanto outros vão ser reportados para a estrutura central do Estado.
Reiterou que o governo continua empenhado na criação das condições educativas, para permitir maior inclusão de crianças no sistema de ensino e assegurar o bem-estar dos docentes.
O sector da educação na província do Moxico conta com seis mil e 926 professores do ensino primário e secundário, distribuídos em 241 escolas, das quais 12 privadas. TC/YD