A ministra alemã das Relações Exteriores, Annalena Baerbock, fez um apelo à Turquia e à Hungria a abrirem o caminho para a adesão da Finlândia e da Suécia à aliança militar ocidental Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), declarando esperar que todos os membros do grupo ratifiquem as propostas de adesão dos dois países à aliança de defesa “sem mais demora”.
A adesão dos dois países fortaleceria a aliança como um todo e os dois deveriam aderir juntos, disse Baerbock numa conferência de imprensa em Helsinque com seu homólogo finlandês, Pekka Haavisto.
A Finlândia e a Suécia buscaram a adesão após a invasão russa da Ucrânia no ano passado e disseram que querem aderir “de mãos dadas”, mas embora a maioria dos Estados-membros tenha dado luz verde às candidaturas, a Turquia e a Hungria ainda não as ratificaram.
Ancara disse este mês que apoia a candidatura da Finlândia, mas quer que Estocolmo, em particular, tome uma linha mais dura contra o Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK), que é considerado um grupo terrorista pela Turquia e pela União Europeia, e contra outro grupo que culpa por uma tentativa de golpe de 2016.
O país suspendeu as conversações no mês passado, quando as tensões aumentaram após protestos em Estocolmo, nos quais um político dinamarquês de extrema direita queimou uma cópia do Alcorão.
O primeiro-ministro da Hungria, Viktor Orbán, disse em novembro de 2022 que o Parlamento do país ratificaria a adesão dos dois países à Otan no início deste ano.
Por Alexander Ratz