A Universidade Mandume Ya Ndemufayo (UMN) vai inserir no seu currículo, já no próximo ano académico, dois novos cursos de engenharia virados à produção de grãos, no âmbito de uma parceria estabelecida com uma congénere de França e a Universidade do Porto (Portugal).
Trata-se de licenciaturas em produção de grãos (soja, milho, sorgo, trigo e milho) e o de biodiversidade genética e conservação, cuja formação será desenvolvida no Instituto Superior Politécnico da Huíla (ISPH), conforme deu a conhecer hoje, sexta-feira, à ANGOP, no Lubango, o reitor da UMN, Sebastião António.
O académico que falava à margem de uma formação técnica de estatística, afirmou que o curso tecnológico de Produção de Grãos vai ampliar o número de quadros especialistas com perfil direccionado à actividade agrícola e aptos para a resolução dos problemas do segmento.
Com esses cursos, disse a fonte, os formandos terão habilidades e competências que contribuam para o desenvolvimento dos sistemas de produção de grãos, manuseio e conservação do solo, bem como em aspectos relacionados à tecnologia aplicada ao armazenamento e comercialização de grãos.
Já o segundo curso, tem o foco na biologia e métodos moleculares em genética, no sentido de melhorar as sementes, espécies vegetais, para promover a extensão de espécies e aplicar a genética evolutiva.
“Os cursos são bem-vindos, pois a Huíla é uma província rica e cheia de potencialidades do ponto de vista da biodiversidade. Nós temos muitas espécies, quer de plantas ou de animais que não são conhecidas ainda”, disse.
A Universidade Mandume Ya Ndemufayo (UMN) é uma instituição pública com sede na cidade do Lubango e surgiu do desmembramento da Universidade Agostinho Neto em meio as reformas no ensino superior angolano ocorridas nos anos 2008 e 2009.
É integrada pelas províncias da Huíla e do Cunene conta com um universo de mais de oito mil estudantes matriculados em 18 cursos de licenciatura e quatro de pós-graduação, sendo três de mestrados e um de agregação pedagógica, ministrados por 358 docentes.