Empresários angolanos defenderam hoje, em Luanda, maior parceria e sincronia entre o sector público e privado do país para se garantir um melhor desenvolvimento sustentável da economia local.
Esta posição foi manifesta num encontro de trabalho sobre os Objectivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) realizado nesta terça-feira com o ministro da Economia e Planeamento, Mário Caetano e com a coordenadora residente das Nações Unidas em Angola, Zahira Virani.
Durante a reunião, os empreendedores realçaram que a parceria entre ambos sectores pode ser reforçada por meio da Plataforma Nacional dos Objectivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), criado e coordenado pelo Ministério da Economia e Planeamento (MEP).
A propósito da questão sincronia entre o sector público e o privado no âmbito dos ODS, o presidente da Assembleia Geral da Unitel, Agnaldo Jaime, afirmou que “cada um está a desenvolver acções no seu sector, mas não há necessidade de se complementar de forma sincronizada, daí que tem de haver uma parceria entre o estado e o sector privado”.
Na sua óptica, o Estado deve coordenar e criar ambiente favorável aos negócios e ao investimento privado, e o sector privado deve fazer igualmente o seu papel por formas a se criar sinergias e garantir um melhor e maior desempenho e desenvolvimento da economia local.
A título de exemplo, citou o Quénia que, segundo ele, é um país africano que dentre as nações tem vindo a desenvolver as suas actividades sem grandes sobressaltos na matéria de parcerias e organizações ligadas à plataforma do desenvolvimento sustentável.
Por sua vez, a coordenadora residente das Nações Unidas em Angola, Zahira Virani, opinião da mesma opinião, tendo considerado que Angola está no bom caminho por ter criado já uma plataforma que facilita o desenvolvimento local, potenciando assim mais abertura para captação de mais investimento.
A Assembleia Geral da ONU determinou, a 25 de Setembro de 2015, os 17 Objectivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) e 169 metas a implementar por todos os Estados membros da ONU.
Os 17 ODS alteram a forma de abordagem do desenvolvimento sustentável nas dimensões económica, social e ambiental, com a promoção dos Direitos Humanos e o combate às desigualdades.
Agenda 2030
A Agenda 2030 prevê a integração dos ODS nas políticas, processos e programas nacionais e em particular no Plano de Desenvolvimento Nacional (PDN 2018-2022).
Angola deve agora, através da Plataforma, preparar o seu 1º Relatório Nacional Voluntário (RNV), com base na avaliação de um conjunto de indicadores nacionais de desenvolvimento, com os pontos focais dos departamentos ministeriais afins do Governo, parceiros sociais, parceiros do desenvolvimento, ONG e representantes do Sistema das Nações Unidas.
Os ODS prevêem “Acabar com a pobreza em todas as suas formas, em todos os lugares, Acabar com a fome, alcançar a segurança alimentar e melhoria da nutrição e promover a agricultura sustentável, Assegurar uma vida saudável e promover o bem-estar para todos, em todas as idades, e Assegurar a educação inclusiva, equitativa e de qualidade, e promover oportunidades de aprendizagem ao longo da vida para todos”.
ANGOP
