O Kremlin disse nesta segunda-feira que recebeu bem a oferta do Vaticano de fornecer uma plataforma de negociação para resolver o conflito na Ucrânia, mas que a posição de Kiev torna isso impossível.
“É claro que damos as boas-vindas a essa vontade política, mas dada a situação de facto e de jure que temos agora do lado ucraniano, essas plataformas não podem ser demandadas”, disse o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, a repórteres.
O papa Francisco reiterou há 10 dias que o Vaticano está pronto para fazer todo o possível para mediar e pôr fim ao conflito entre a Rússia e a Ucrânia, em entrevista ao jornal italiano La Stampa.
Desde que a Rússia invadiu a Ucrânia há mais de nove meses, vários países, incluindo Turquia, Israel e China, foram apontados como potenciais mediadores no conflito.
A Rússia acusa a Ucrânia de interromper as negociações ao descartar o envolvimento com o presidente Vladimir Putin, enquanto Kiev recusa a ideia de ceder qualquer território tomado no que ela e o Ocidente veem como uma apropriação de terras no estilo imperial.
O papa Francisco menciona frequentemente a Ucrânia em suas aparições públicas e alertou várias vezes que a crise corre o risco de desencadear o uso de armas nucleares com consequências globais incontroláveis.
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