O internacional português falou pela primeira vez sobre a sua situação no Manchester United, dizendo sentir-se traído e que não só o treinador, mas também outros executivos do clube britânico, tentaram “ver-se livres” dele. Os meios de comunicação desportivos no Reino Unido dizem que tanto o clube como os colegas de Ronaldo não esperavam estas declarações.
Há vários meses que a situação de Cristiano Ronaldo no Machester United parecia insustentável, como o antigo Bola de Ouro a não ser uma opção para o treinador Erik ten Hag desde o início das partidas e a jogar apenas 520 minutos em 16 jogos da Premier League desde o início da temporada em Agosto. O internacional português decidiu contar a sua versão dos factos ao apresentador Piers Morgan.
“Sim, tentaram forçar-me a sair, não só o treinador, mas também duas ou três pessoas da direcção. Senti-me traído. Se calhar nem devia dizer isto, mas não quero saber, acho que as pessoas devem saber a verdade. Sinto-me traído e isto não aconteceu só este ano, acontece desde o ano passado”, declarou Cristiano Ronaldo.
O jogador está em Machester desde 2021, altura em que foi transferido da Juventus para o clube britânico onde já tinha jogado entre 2003 e 2009. Desde essa altura, Cristiano Ronaldo diz não ter visto uma evolução no clube, – “O progresso é zero”, disse mesmo avançado – e aproveitou ainda para criticar a equipa desportiva.
Ainda não há uma resposta oficial por parte do Manchester United, mas os jornalistas desportivos britânicos citam fontes do clube para dizer que as declarações de Ronaldo terão apanhado todos os colegas, técnicos e direcção desprevenidos, numa altura em que Erik ten Hag pensava que as divergências entre os dois estariam ultrapassadas.
Será difícil agora para Cristiano Ronaldo manter-se em Old Trafford para além de Janeiro de 2023, altura em que se abre a janela de transferências no mercado do futebol.
RFI