Angola vive uma crise pós-eleitoral que está a fomentar o clima de medo e desespero entre muitas famílias, um pouco por todo o país.
Este quadro agravou nos últimos dias com a forte presença de efectivos das forças de defesa e segurança, incluindo artilharia, nas ruas e nas imediações das instituições públicas, principalmente na província de Luanda.
A não aceitação dos resultados eleitorais pela maioria dos angolanos e pelos partidos políticos na oposição, bem como protestos anunciados, nas principais cidades, são apontados com o sinal vermelho, que obrigou as autoridades militares a elevar o estado de alerta e de prontidão dos efectivos das forças armadas e da polícia nacional.
A denúncia de raptos e perseguições contra os activistas cívicos tem estado a contribuir para a fuga de muitos angolanos para o exterior do país.
Nas fronteiras terrestres e no aeroporto internacional de Luanda aumentou a pressão e a fuga de angolanos em busca de protecção na sua maioria jovens.
Por outro lado, assiste-se a dificuldades na emissão de passaportes ordinários.
Para falar sobre o assunto, ouvimos o jornalista Armindo Laureano, o jurista Manuel Cangundo e o analista político Agostinho Sikato.