O secretário provincial da UNITA em Luanda, Nelito Ekuikui, acusou o partido no poder em Angola, MPLA, de estar a divulgar uma lista de “alvos a abater” e desafiou o regime a “matar mesmo” em vez de ficar pelas ameaças.
Nelito Ekuikui, também deputado, publicou na sua página do Twitter um vídeo no qual exorta as autoridades angolanas; desde o Presidente da República, órgãos de defesa e segurança, Procuradoria-Geral da República e o chefe dos serviços de Informações, general Garcia Miala – para agirem, perante as ameaças à integridade física às figuras ligadas à União Nacional para a Independência Total de Angola (UNITA, oposição angolana).
Segundo do secretário provincial da UNITA em Luanda, as autoridades angolanas, estão “a ameaçar-nos”, acrescentando que “o correcto é matar mesmo, até porque conhecem as nossas casas”. “Venham matar e depois façam um funeral, é mais fácil, em vez de estarem constantemente a ameaçar”, alertou Nelito Ekuikui.
Em declarações à agência portuguesa lusa, o secretário para Informação e Propaganda do Bureau Político do Comité Central do MPLA, Rui Falcão, negou que o partido esteja envolvido no incidente.
O ambiente de tensão cresceu desde as eleições gerais de 24 de Agosto, em que o MPLA venceu, cujos resultados foram contestados pela UNITA, pretensão que foi recusada pelo Tribunal Constitucional.