Para uma primeira-ministra de direita inspirada pela ultra-conservadora Margaret Thatcher, Liz Truss desafiou os estereótipos e formou o governo mais diverso de sempre no Reino Unido.
Para número dois e ministra da Saúde nomeou outra mulher, Thérèse Coffey, e para ministro das Finanças, Kwasi Kwarteng, filho de imigrantes do Gana.
Nas pastas dos Negócios Estrangeiros e do Interior estão James Cleverley e Suella Braverman, de ascendência africana e indiana.
Esta é a primeira vez que os postos mais importantes do executivo britânico não são ocupados por homens brancos.
Foi o ‘Labour que nomeou em 2002 o primeiro secretário de Estado de cor, Paul Boateng, de origem ganesa, mas até agora nunca teve uma líder mulher, o que mereceu hoje uma piada de Liz Truss no parlamento.
“É realmente extraordinário que não parece existir capacidade no Partido Trabalhista para uma líder mulher ou mesmo um líder que não seja do norte de Londres”, comentou.
A primeira-ministra pode ter feito rir até a oposição. Mas ainda tem trabalho a fazer para acabar com o racismo, misoginia e islamofobia no partido Conservador, uma imagem para a qual o antecessor Boris Johnson contribuiu com os artigos que comparavam sorrisos de africanos a melancias e mulheres de véu com caixas de correio.