O Presidente da República eleito, João Lourenço, garantiu na sede do MPLA, em Luanda, que esses não foram os piores resultados do partido no poder, desde as primeiras eleições, realizadas em 1992.
João Lourenço, presidente do MPLA e agora reeleito presidente da República, segundo os dados oficias divulgados pela Comissão Nacional Eleitoral, falou à imprensa, onde entre muitos assuntos garantiu que os resultados obtidos pelo seu partido não foram os piores de sempre.
O MPLA que venceu, as quintas eleições realizadas há menos de uma semana, mereceu o destaque do líder dos camaradas, onde optou por desvalorizar os maus resultados e dizer que foram “Cinco eleições, cinco vitórias”, e que por isso deve-se festejar esta vitória no mínimo com “cinco garrafas de champanhe.
Na verdade, o MPLA tem assinalado uma tendência decresce nas intenções de votos dos angolanos, e a essa realidade, João Lourenço deu a volta, baralhado 51% ou 53% de votos e focou-se na vitória do seu partido e na derrota da oposição, ainda assim, fez questão de lembrar “ouvimos e interpretamos correctamente os anseios do povo e da juventude”.
Sobre a legitimidade da sua vitória Lourenço deixou claro que tem legitimidade para formar o Executivo, nomeando os ministros e os secretário de Estado e todos os 18 governadores provinciais.
Disse ainda que a vitória do MPLA que é o voto de confiança do povo “para continuarem a trabalhar no desenvolvimento económico e social do país e no bem-estar dos angolanos”, e o MPLA vai continuar a fazê-lo sozinho e recusou qualquer “geringonça” ou acordo com partidos derrotados nas eleições de 24 de Agosto.
Os números revelam que em termos relativos, o MPLA teve em 2022 mais votos do que teve em 1992, na altura não chegou a dois milhões de votos e agora teve mais de três milhões, mas num universo eleitoral mais alargado que deu ao partido do poder 51% da votação, o pior resultado do partido que governa Angola há 47 anos.
Importa referir que a vitória do MPLA tem sido bastante contestada quer pelos partidos políticos na oposição, como a UNITA que não aceitou os resultados e que por isso afirma que irá recorrer, bem como a CASA CE que alinhou no mesmo diapasão. Quer pelos jovens eleitores que nas redes sociais demonstram a sua insatisfação pelos resultados anunciados pela CNE, e questionam a fiabilidade dos resultados, o que é facto é que a Comissão Nacional Eleitoral anunciou o MPLA como venceu das quintas eleições gerais.