Questões ligadas ao andamento do processo eleitoral dominaram esta segunda-feira, em Luanda, os encontros que o presidente da CASA-CE, Manuel Fernandes, manteve com o embaixador do Reino de Espanha, Manuel Lajarreta, e com peritos da União Europeia (UE).
Em declarações à imprensa, Manuel Fernandes informou que pediu aos peritos da UE que, na qualidade de especialistas em observação eleitoral, fiscalizem o processo angolano e elaborem um relatório condizente com a realidade angolana.
A ocasião serviu, também, para apresentar inquietações relacionadas com o registo de algumas violações à Lei Eleitoral, com destaque para a alegada parcialidade de alguns órgãos de comunicação social.
Defendeu, igualmente, a necessidade dos delegados de lista estarem presentes em todas as assembleias de voto, a fim de fiscalizarem a real vontade dos cidadãos expressa nas urnas.
Manuel Fernandes considera fundamental que o processo, que vai desde a contagem de votos até a sua conversão em mandatos, decorra num clima de tranquilidade e de concórdia.
O político apelou aos partidos concorrentes a aceitarem o resultado das urnas, por ser a vontade do povo.
Integram a CASA-CE o Partido de Aliança Livre de Maioria Angolana (PALMA), Partido de Apoio para Democracia e Desenvolvimento de Angola – Aliança Patriótica (PADDA-AP), Partido Pacífico Angolano (PPA), Partido Nacional de Salvação de Angola (PNSA) e o Partido Democrático para o Progresso de Aliança Nacional Angolana (PDP-ANA).
Foi criada a 3 de Abril de 2012 e a sua primeira participação em eleições gerais foi em 2012, quando elegeu oito deputados para o Parlamento, enquanto em 2017 obteve 16 deputados, o correspondente a 9,45 por cento dos votos válidos.
MPLA, UNITA, CASA-CE, PRS, FNLA, PHA, APN e P-NJANGO concorrem ao pleito de 2022, o quinto, depois de 1992, 2008, 2012 e 2017.